Mesmo com o estado de alerta mundial acarretado pela pandemia do coronavírus, os produtores no Brasil devem continuar produzindo alimentos em tempos de crise. Manifestação é do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Bartolomeu Braz Pereira.
“A população urbana está em pânico pelas informações que chegam pelos meios de comunicação e pelas redes sociais. Mas o campo continua produzindo com ou sem coronavirus. Outros setores da economia já estão sendo afetados pela epidemia. Mas nós no campo não podemos parar. Precisamos colher a safra, fazer o manejo adequado para que a produção continue”, afirmou o presidente.
Conforme seu entendimento, há um aquecimento na demanda por alimentos, vindos inclusive da própria China, país em que o vírus começou a ser disseminado. Há a estimativa de importação de 85 mil toneladas de soja para o país em 2020. Aprosoja acredita que a pandemia não irá afetar as exportações brasileiras.
“O dólar elevado beneficia a exportação. Estamos vendo que o mercado exportador está aquecido. A demanda mundial tem comprado nossos produtos. A soja brasileira é um produto bastante competitivo e é o preferido pelos principais mercados mundiais pela qualidade e preço. Isso leva o produtor a fazer negociações. A cadeia produtiva da soja está aquecida neste momento”, ressaltou Bartolomeu.
Ainda de acordo com o presidente, o produtor rural precisa buscar as melhores oportunidades proporcionadas pelo câmbio favorável e pelo aumento da demanda. Contudo, ele acredita que o produtor deve estar atento à melhor estratégia diante da elevação dos custos para aquisição de insumos.
Conforme informações coletadas pela Aprosoja Brasil junto ao Departamento Norte Americano de Agricultura (USDA), o Brasil segue na liderança do ranking da produção mundial de soja, sendo responsável por 37% da produção no planeta, seguido por Estados Unidos (28%), Argentina (16%) e outros países (demais 19%).